Excesso de trabalho pode levar à morte?

Era uma noite atípica no Japão e o último trem, que partia do Centro de Tóquio, já havia deixado a estação. O japonês Naoya Nishigaki, então, decidiu dormir no escritório.
Não era a primeira vez Nishigaki fazia isso. Desde que havia se formado e entrado em um ambiente corporativo, o jovem de 27 anos excedia suas horas trabalhadas; chegando a totalizar 37 horas ininterruptas de trabalho – acumulando 100 horas extras de trabalho no mês. Quando Nishigaki perdia a condução, deitava ali mesmo debaixo de sua mesa e permanecia até o dia seguinte para mais um dia de trabalho.
O excesso de trabalho levou Nishigaki à exaustão e ao estresse e, em 2017, o jovem cometeu suicídio, causado por uma overdose de medicamentos. Segundo uma matéria publicada pela BBC, o caso foi oficialmente considerado um “karoshi”- termo japonês usado para descrever a morte por excesso de trabalho.
Estes casos se popularizaram no Japão em 1987, após a morte repentina de vários executivos.
Doenças e riscos causados pelo excesso de trabalho
Embora não sejam os principais motivos de mortes, a falta de sono e o estresse são os fatores que geram um impacto negativo nas condições físicas e mentais dos trabalhadores.
A privação de sono aumenta o risco de doenças cardíacas, causa distúrbios no sistema imunológico e algumas formas de câncer. Já o estresse leva a hábitos como tabagismo e alcoolismo, além de agravar casos de depressão e transtornos de ansiedade.
Se alguns cuidados não forem tomados, o empregado pode desenvolver dores pelo corpo, disfunções e problemas respiratórios.
As principais doenças geradas pelo trabalho excessivo são:
1. Transtornos mentais: o estresse é o sintoma mais comum destes transtornos, que podem acabar evoluindo para quadros de Síndrome de Burnout – em que o corpo e a mente ficam exaustos – e para depressão, levando o trabalhador a comportamentos suicidas;
2. Doenças de pele: a exposição a luz solar ou a produtos de limpeza por muito tempo contribui com o surgimento de inflamações, queimaduras e pode colaborar com o desenvolvimento de um câncer de pele;
3. Problemas respiratórios: ambientes com pó, fumaça ou que permanecem fechados são propícios ao surgimento de doenças respiratórias;
4. Transtornos alimentares: quando o corpo está sob estresse, a compulsão alimentar pode ser um agravante. Essa reação do corpo é utilizada para lidar com sentimentos desagradáveis através da comida. Entretanto, ela pode acabar se convertendo a uma compulsão alimentar ou uma anorexia;
5. Dores em geral: esse é um problema que afeta grande parte dos trabalhadores. Quadro de fibromialgia, tendinites e bursites podem surgir ou ser agravados.
Como evitar esse problema?
Todos esses quadros podem se agravar e levar o empregado a desenvolver quadros psiquiátricos que podem até conduzir à morte. Logo, as empresas devem sempre se manter atentas à saúde física e mental dos funcionários e implementar ações para evitar o adoecimento proporcionando um ambiente com baixo nível de estresse, evitando horas-extras frequentes, cobranças em excesso e metas inatingíveis.
Além disso, as empresas devem investir em acompanhamento profissional qualificado para ajudarem os trabalhadores a lidarem com seus problemas emocionais, diminuindo casos de transtornos mentais e a melhoria da segurança dentro das empresas.
Dúvidas? Podemos ajudá-los!
A Prevenir é uma empresa de Medicina e Segurança do trabalho. Trabalhamos com a realização de exames admissional, periódicos, demissional etc. com hora marcada, Implantamos e gerenciamos Programa de promoção à saúde, PCMSO, PCA, PPR, PPP, PPRA, PGR, EPI's, Medições de Riscos ambientais, Mapas de risco, Laudos, além de treinamentos e palestras.
#trabalho #segurançadotrabalho #SegurançaTrabalho #stress #excessodetrabalho #Examespreventivos